Quando uma mulher de certa tribo da África sabe que está grávida, se refugia na selva com outras mulheres, e juntas, fazem orações e meditam até que surja a canção da criança. Elas sabem que cada alma tem sua própria vibração que expressa sua individualidade, unidade e propósito. As mulheres cantam a canção e a cantam em voz alta. Logo após, retornam à tribo e ensinam a canção aos demais.
Quando a criança nasce, a comunidade celebra cantando a sua canção. Logo, quando a criança começa a estudar, o povo se reúne e canta a sua canção. Quando a criança é iniciada como adulto, todos cantam a sua canção. Em seu casamento, a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando a pessoa morre, a família e os amigos se aproximam do seu leito e, assim como no seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo em sua transição. Nesta tribo da África há outra ocasião na qual se canta a canção da pessoa. Se em algum momento durante a sua vida, ela comete um crime ou um ato antissocial, a pessoa é conduzida ao centro de seu povoado, forma-se um circulo ao seu redor e todos cantam a sua canção. A tribo reconhece que a correção não está no castigo, está no amor e na recordação da sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos nem necessidades de ferir os outros. Teus amigos conhecem tua canção e a cantam para lembrá-lo. Aqueles que te amam não se enganam pelos erros que você comete ou pelas escuras imagens que mostras aos demais.
Eles te fazem lembrar a tua beleza quando te sentes feio, a tua totalidade quando estás abatido, a tua inocência quando te sentes culpado e o teu propósito quando ficas confuso.
Não preciso de garantias para saber que o sangue em minhas veias é da terra e sopra minha alma como o vento, refresca meu coração como a chuva e limpa minha mente como a fumaça do fogo sagrado.
Texto selecionado pela irmã Ana Cristina Moura para leitura no VIII Encontro da Primavera realizado em Teresópolis de 27 a 29 de setembro de 2013.
Eles te fazem lembrar a tua beleza quando te sentes feio, a tua totalidade quando estás abatido, a tua inocência quando te sentes culpado e o teu propósito quando ficas confuso.
Não preciso de garantias para saber que o sangue em minhas veias é da terra e sopra minha alma como o vento, refresca meu coração como a chuva e limpa minha mente como a fumaça do fogo sagrado.
Texto selecionado pela irmã Ana Cristina Moura para leitura no VIII Encontro da Primavera realizado em Teresópolis de 27 a 29 de setembro de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário